O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva acompanhado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tiveram ontem (23) agendas com o governo da Argentina. Em uma das agendas, Haddad, e o ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, assinaram um memorando de entendimento de integração financeira entre os dois países.
O plano prevê a criação de uma “unidade comum de troca” para facilitar o comércio bilateral entre os países. A moeda, no entanto, será virtual e não terá uso corrente entre as populações do Brasil e Argentina.
Em fala com a imprensa após reunião com o presidente argentino Alberto Fernández, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, lembrou que os dois países, no passado, já haviam feito uma experiência de fazer negócios nas moedas dos dois países, mas que foi muito tímida “porque não era impositiva”, mas opcional. “Não fluiu como imaginávamos.”
Agora, segundo Lula, os dois países estão trabalhando numa proposta de comércio exterior e transações entre os dois países por meio de uma moeda comum.
“Se dependesse de mim, teríamos comércio exterior sempre na moeda dos nossos países para não depender do dólar. Por que não criar uma moeda comum no Mercosul, no Brics? Eu acho que com o tempo isso vai acontecer, é necessário que isso aconteça”, afirmou Lula ao acrescentar que há países que têm dificuldade de obter dólares. “Pode-se fazer acordos, estabelecer moedas para comércio que os BCs façam acerto de contas”, acrescentou.
Para Lula, a estranheza da proposta se deve ao fato de ser uma novidade, mas ele ponderou que tudo o que é novo precisa ser testado. “Não podemos no meio do século 21 fazer o mesmo que fazíamos no século 20.”
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