Um acordo que garanta a reeleição do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), em 1º de fevereiro de 2023, e uma base com 15 partidos, da esquerda à direita, no Congresso Nacional ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – inclusive com poder de decisão na Comissão de Constituição e Justiça e nas mesas diretores da Câmara e do Senado – está avançado entre as lideranças políticas em Brasília.
A federação formada por PT, PSB, PV e PCdoB anunciou, ontem, apoio oficial à recondução de Lira na Câmara. O anúncio foi feito após reunião da federação dos três primeiros partidos. O líder do PT, deputado Reginaldo Lopes (MG), disse que será costurado um amplo bloco de apoio ao futuro governo. O acordo inclui ainda a aprovação da proposta de emenda à Constituição que garantirá a manutenção do Bolsa-Família de R$ 400 para 2023 e que começará a tramitar na semana que vem na CCJ do Senado.
“Decidimos pelo apoio à reeleição de Arthur Lira, compreendendo que temos uma agenda de reconstrução do Brasil. O próprio presidente Arthur Lira foi o primeiro a reconhecer a legitimidade das urnas, do voto popular, e nós entendemos que é fundamental essa estabilidade institucional”, afirmou Lopes, após reunião de líderes. “Compreendemos que é possível construir um bloco de governo que possa dar ao país, dar ao presidente Lula, estabilidade, governabilidade, uma base sólida para implementar aquilo que foi encomendado pelo povo brasileiro nas urnas”, disse também.
Lopes adiantou que o objetivo é construir uma base de apoio do governo na Câmara com 15 partidos, incluindo MDB, União Brasil e PSD, cujos líderes já se reuniram ou vão se reunir com Lula nesta semana. Segundo aliados, a prioridade número um do presidente eleito é articular a formação de blocos no Congresso e garantir a aprovação da PEC do Bolsa-Família em ambas as Casas em dezembro.
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