Autor da denúncia de compra suspeita de respiradores pulmonares para a Covid-19 pela Prefeitura do Recife, apresentada ao Ministério Público Federal (MPF), a Controladoria Geral da União (CGU) e ao Tribunal de Contas da União (TCU), o ex-ministro Mendonça Filho comentou a denúncia feita pelo MPF à Justiça Federal contra o secretário de Saúde e cinco assessores do ex-prefeito Geraldo Júlio envolvidos na suspeita de desvios com recursos do SUS para a pandemia. “A decisão é um grande passo no sentido de punir os culpados por esses desvios. Que, aliás, não foram localizados. Foram generalizados e com o mesmo modus operandi”, afirmou.
Mendonça lembrou que, além da denúncia dos respiradores feita por ele, várias outras foram apresentadas aos órgãos de fiscalização e investigação pela deputada Priscila Krause dando conta de compras suspeitas de superfaturamento e quantidades excessivas de materiais hospitalares para tratamento da Covid-19. Ao investigar uma das denúncias de Priscila, o Ministério Público de Contas identificou compra de um item, durante a gestão de Geraldo Júlio, em quantidade tão grande que seriam necessários mais de 700 anos para dar uso do produto. O que virou manchete na imprensa nacional com matéria feita pela rede de televisão CNN Brasil.
A denúncia sobre a compra de 500 ventiladores pulmonares pela Prefeitura do Recife para uso de pacientes com a Covid-19 a uma empresa veterinária de São Paulo foi feita por Mendonça exatamente há um ano. Na época, Mendonça entrou com ações junto ao Ministério Público Federal, a CGU, ao TCU, ao TCE e ao Ministério Público Estadual argumentando que seria no mínimo suspeito que a maior aquisição de respiradores pulmonares fosse a uma empresa veterinária pequena, num processo com indícios concretos de práticas de atos ilegais.
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