Passam de R$ 100 milhões os prejuízos contabilizados pelos produtores de uva e manga do Vale do São Francisco, em decorrência das fortes chuvas registradas desde dezembro de 2023. A região, que tem Petrolina como principal polo agrícola, registrou precipitações mais intensas e de maior volume nos meses de janeiro e fevereiro, superando as médias de chuvas para esse período.

O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (SPR), Jailson Lira, explica que os pomares recebem água controlada por sistemas de irrigação e o excesso de chuvas causa danos nas plantações. A condição climática incomum causou a perda de aproximadamente 40 mil toneladas de frutas.

O problema mais grave ocorre nos parreirais de uvas, que apodrecem e são acometidas por pragas, como o míldio e outros fungos. Nas mangas, as chuvas em abundância também provocam doenças e alteram a fitossanidade da fruta, comprometendo o desenvolvimento vegetativo e a floração.

Para discutir os prejuízos, que podem comprometer significativamente a safra 2024.1, o SPR criou um grupo técnico que acompanhará as chuvas e vai monitorar os tratos culturais nos pomares, amenizando os prejuízos.